Já ouviu falar em Sabão de Castela?


Azeite de oliva, água e soda cáustica. É apenas com esses três ingredientes que se faz um dos mais excepcionais produtos para a higiene pessoal que a humanidade já inventou: o Sabão de Castela. Tão suave que pode ser usado até por bebês (... embora nos primeiros meses eles não precisem de nada além de água para o banho). Especialmente bom para a pele seca e sensível de quem sofre com alergias, dermatites e psoríase.
Mas por que ele é tão bom? A explicação está na sua composição química: 98% do azeite são ácidos graxos e até 80% disso é ácido oleico, o ômega 6. É a maior concentração desse componente em todos os óleos vegetais.
Na fabricação de sabão, o ácido oleico resulta num sabão mais mole, de espuma miúda e cremosa e que limpa delicadamente, sem retirar a gordura natural produzida pela nossa pele. Isso é muito importante para quem tem a pele delicada como bebês, ou com tendência ao ressecamento. O resultado final é uma sensação aveludada. Versátil, pode ser usado para lavar o rosto, o corpo e até os cabelos.

Da terra dos castelos

A história desse sabão começa na região de Castela (a terra dos Castelos), um dos reinos que deram origem à Espanha. Lembra das aulas de História, quando os reis católicos começaram a promover as Cruzadas para (na visão deles) livrar a terra de Cristo do domínio dos muçulmanos? Pois foi de Castela que partiram algumas dessas expedições de guerra.
A caminho de Jerusalém, os cruzados passavam por Aleppo, importante centro comercial na Síria, famoso pela qualidade de um sabão feito com azeite de oliva e óleo de bagas de louro, o Sabão de Aleppo. Pode-se dizer que foi lá que os europeus ibéricos aprenderam a usar sabão na higiene pessoal.
Como a Espanha também era grande produtora de azeite de oliva, foi fácil adotar a receita. O sabão de azeite também conquistou a França, onde deu origem a uma outra receita: o Sabão de Marselha.
Com o avanço da produção industrial, no século 20, os sabões com matérias-primas de qualidade ficaram relegados à produção artesanal. Na produção em grande escala é preciso usar matérias-primas baratas, que rendam bastante. Por isso, a base de toda a produção industrial é a gordura animal, o sebo bovino, rico em gordura saturada, que rende bastante e resulta num sabão duro e de muita espuma, mas de pouca qualidade. Por isso também, a indústria usa e abusa dos corantes e das essências sintéticas. Cor e perfume para dar ao produto uma aparência bonita e sofisticada.


Primeiro estágio da massa para o Sabão de Castela líquido
 Sem mistura, por favor
O movimento de valorização de um consumo mais sustentável e da produção artesanal nos últimos anos trouxe de volta o interesse pela fabricação e consumo do Sabão de Castela. Mas, ele não é fácil de fazer e muitos artesãos começaram a acrescentar outros óleos, como palma para conferir dureza e óleo de coco para mais espuma. Aí não é mais Sabão de Castela né? Aqui na Ameize Cosmética, nós seguimos a receita tradicional, apenas com azeite de oliva. A única concessão que fazemos é um pouquinho de óleo essencial de lavanda, para dar um cheirinho.

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